domingo, 29 de junho de 2008

Amor...
quando te vi
não sei o que aconteceu
mas... percebi que seria
para sempre.
só restava a dúvida
se tamanho carinho e
bem querer também
teriam se aninhado
em seu coração.
Pois... de todos os lugares
que possa habitar
o único que almejo
são teus braços.

Eu e você: Sempre.

A você que é responsável
pelos meus destemperos
pelo meu desespero, atos impensados.
A você que despertou
minha insanidade, minhas verdades
psicodelicamente camufladas,
intervenções momentâneas.
Você que abriu a ferida, chaga,
deixou a carne exposta,
Meus sentimentos reprimidos
agora escancarados.
A você são destinadas
Minhas preces, reflexões,
Saudades, emoções,
Sentimentos.
Indiscutivelmente minha vida,
Eu e você: Sempre.

sábado, 28 de junho de 2008

"Ahh.... se você soubesse dos meus sonhos... planos e desejos..."

quinta-feira, 26 de junho de 2008

"Movida pelo Amor e pelas paixões.... pois às vezes a felicidade vem disfarçada de dragão... e se você não fugir poderá aproveitar o melhor dela."

sexta-feira, 20 de junho de 2008

"A primeira vez que te vi foi o suficiente para transformar o meu viver em verbo intransitivo"
"Chega uma hora em que as palavras são dispensáveis para a construção do diálogo... para se conhecer a verdade é preciso ir mais fundo... ir além... sair do plano superficial... observar os gestos... os olhares.... as reticências... muitas vezes eles falam aquilo que boca não tem coragem de falar."

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Tem coisas que a gente opta por sentir ou não
independente da conjugação do verbo viver...
Assim como o amor...
a gente ama simplesmente por amar.
A gente quer ter por perto
cuida, mimar, observar,
sentir pertinho do coração.
O meu amor se resume a isso
um bem querer sem tamanho
que não cabe dentro de mim
mesmo guardado em silêncio."

segunda-feira, 9 de junho de 2008

"Meu coração chora
toda vez que penso
em como vou viver
sem minha jóia rara.
Ainda nem partiu
e seu breve silêncio
me fere a alma."

domingo, 8 de junho de 2008

"Fecho os olhos e ainda assim te vejo
.... afinal, você está dentro de mim...!"
"Queria ter coragem pra falar... estas palavras doces que moram em minha boca e que estão a amargar, sufocar. Ah meu amor, meu bem... se você soubesse o quão bem te quero ..."
Tenho saudade das palavras que não disse
dos olhares que evitei
dos beijos que não dei
dos abraços que não tive
da voz que é silêncio
dos sorrisos que não mais vi
te sinto a todo instante
mesmo quando não tenho você aqui .

sábado, 7 de junho de 2008

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Sobre o tempo

As horas são as mesmas... os dias também o que mudou foram as pessoas, a vida. A vida que antes era pacata e organizada no inteiror, hoje é completamente imprevisível e tecnologicamente alucinante. Evidentimente que não se pode “desfirtar um ovo”, nem começar a vida de novo, mas, se tivesse essa oportunidade, certamente faria algumas coisas diferentes. Assim, essa impressão de que os dias passam voando não me causaria tanta dor.
Há décadas a rotina do homem era esquematizada quase que de maneira uniforme, morasse ele em Porto Alegre ou no interior. Ambos os homens (urbano e agricultor) saíam pela manhã para trabalhar, um no escritório, o outro na lavoura, ao meio dia retornavam a casa para almoçar com a esposa, filhos e seguiam novamente para o trabalho, e ao final da tarde retornavam mais uma vez para suas casas.
Agora, nos anos dois mil, por questões como trabalho e tecnologia, as horas do dia parecem passar voando. Diferente daqueles homens que trabalhavam fora nas décadas anteriores e ao meio dia retornavam ao lar para a refeição com a família, hoje ele come fora, pois, a esposa e os filhos também trabalham. E as horas em família que antes eram gastas com conversas (antigamente tevê, rádio eram artigos de luxo e o DVD e o computador eram apenas “embriões”) e nos finais de semana com passeios ao ar livre, hoje são atividades tecnológicas. E parece incrível como duas ou três hors assistindo um filme ou acessando a internet parecem segundos, enquanto que esse mesmo tempo na fila de um banco parece a eternidade.
E hoje pensando na trajetória da vida através das décadas, acredito que essa impressão de horas aladas vem da má distribuição que fazemos ao longo do dia. Eu, além das hors de trabalho e estudo, gostaria de ter mais algunas momentos disponíveis para ver amigos, descançar. Mas, infelizmente esse mundo globalizado parece nos impor uma rotina maçante e nos fazer optar entre “viver” (prazer) e “sobreviver” (trabalho/responsabilidade), como se não fosse possível compartilhar das duas coisas.
Acredito que o mal que nos aprisiona ao relógio é saber que todos os dias teremos de seguir a rotina do sobreviver, enquanto vemos a vida passar diante nossos olhos como espectadores. E quando nos damos conta percebemos que disperdiçamos a vida planejando, pensando em acumular fortuna, trabalhando freneticamente para ter o carro do ano, a casa mais bonita da rua, esperando momentos sublimes, fantásticos como ganhas na mega-sena, um amor de arrebatar caído do céu (estilo Uma linda mulher). Essa espera, esses planos, não nos trarão felicidade futuramente; apenas a certeza de horas e dias perdidos no plano dos sonhos.
Eu que já vi minutos se transformarem em infinitas horas de angústia e dor na espera de uma resposta as oncologista, sei que a vida é bem mais do que eu e inúmeras pessoas fizemos até o momento. E com meus pensamentos e posicionamentos hora retrógrados-éticos, hora hippies-libertadores talvez não more em uma casa linda como as de Copacabana e meu carro seja o transporte coletivo da Cidade. Mas, sei que a única coisa certa em nossas vidas desde o primeiro minuto de vida é a morte, então procuro viver cada instante com a certeza de que as horas são irrevogáveis. E ao último minuto de vida quero sorrir ao lembrar os momentos felizes ao lado das pessoas que amei, tendo mais do que nunca a certeza de que essas lembranças são as coisas reais e concretas da minha vida. Como não se pode “desfritar o ovo” e nem repor as folhas arrancadas do calendário, é preciso pensar e agir com serenidade para evitar arrependimentos futuros.


*Texto elaborado para a disciplina de Prática IV(Produção Textual)Fapa 2007/2


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Identidade

Para iniciar o texto vale lembrar uma célebre frase de Pessoa: “minha pátria é minha língua”. Mas, em tempos de mensalões e crises aéreas entre outras crises permanentes, ocultadas por uma retrograda reforma ortográfica é difícil pensar em conceitos de pátria.
Há anos às margens do Ipiranga foi pronunciada a frase qye parecia ter nos apartado definitivamente de Portugal: “independência ou morte”. Na verdade nem uma coisa, nem outra, os países que integram a comunidade lusófona parecem querer restabelecer os laços afetivos que os unem a grande e evoluída Portugal.
Parte do poder do Império Português sobre suas colônias se desfez, o único vestígio que permanece é a língua. No entando, essa língua foi assumindo cara, cultura, acentos, sotaques das antigas colônias e se distanciando da língua de Camões. Porém, a atual proposta de unificação da língua que busca apenas lucros editoriais não observa essas diferenças. Afinal, apenas 1% das palavras sofrerá alteração. Pois bem, teremos gastos infindáveis para atualizar bibliotecas com livros e gramáticas reformadas, tudo em função de 1% das palavras, é “muito barulho por nada” (Shakespeare).
Entre os argumentos utilizados a favor da reforma ortográfica esta o fato de não haver mais a necessidade de serem traduzidos livros de literatura em língua portuguesa. Ai fico pensando, no Brasil 75% da população é de analfabetos funcionais, nos outros 25% pessoas com um nível intelectual um pouco mais elevado (e aqui estamos nós), Então, me pergunto, quantos de nós já lemos Graciliano Ramos, José de Alencar, Machado de Assis (ler pelo simples hábito da leitura como o de apertar um botão de controle remoto e não ler pois está nas leituras obrigatórias da Federal)? Provavelmente à parte da população que integra os 75% nem sabe que são esses escritores brasileiros. E se não conhecemos o que é daqui, o que nos faz pensar que através da reforma ortografica teremos interresse em ler Saramago, Mia Couto e outros. E falando em conhecimentos literários e culturais menciono a gafe do nosso Ministro da Comunicação (Franklin Martins), que em seu primeiro discurso citou a frase “viver é perigoso”, como sendo de Riboaldo (Guimarães Rosa), quando na verdade é uma das frases enigmáticas de Mrs Dalloway (Vírginia Woolf).
Acredito que antes de tornarmos a literatura de línguas portuguesa algo universal para a comunidade lusófona é preciso ver se essa é a necessidade real da população. No Brasil existem inúmeras necessidades socias que merecem maior destaque nas páginas dos jornais, mas q

ue perderam espaço para a divulgação da reforma ortográfica. Ao invés de ler sobre se vou escrever lingüística com ou sem trema, prefiro ler a realidade impressa nas páginas do país, com ou sem reforma ortográfica, quero saber o que será feito pelas pessoas que morrem de fome no nordeste, com as famílias que são vitimadas todos os dias com balas perdidas nas ruas do Rio de janeiro (enquanto os soldados brasileiros estão socados no Haiti), e quantas pessoas mais irão morrer aguardando atendimento nas filas dos hospitais.
Enfim, acredito que não adianta nada “dar bolacha pra quem não tem dentadura”. É preciso ensinar e dar condições básicas de vida para a população, de maneira que tenha a oportunidade de gozar dos benefícios da literatura. Educar é fundamental para que os nossos futuros leitores não saiam citando Woolf como se fosse Guimarães ou pior, reproduzindo a infeliz metáfora do atual presidente (Lula): “qualquer analfabeto do planeta pode cavar uma covinha e plantar um pé de petróleo”. Se para FP pátria é lígua, para mim pátria é educar o povo (pois, não se chega a língua sem educação). Mas, se educamos o povo, como iremos colocar os políticos corruptos no poder?

*Texto elaborado para a disciplina de Prática IV(Produção Textual)Fapa 2007/2

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